segunda-feira, 8 de abril de 2013




Se entregar ao amor. Quem nunca? Se entregar para um alguém que você denomina "amor". Quem nunca? Quebrar seu coração pelo amor. Apostar no amor errado. Quem foi que nunca? Medo do amor. Medo de amar. Medo da ardência e desespero do machucado. Quem nunca? Viver sem amor. Quem é que consegue? Ser feliz sem amor. Existe essa possibilidade???

Acredito que o "amor" seja mais do que totalmente inevitável. Se você ama, há uma entrega para aquela pessoa. Entrega de corpo, de alma, de cama, de travesseiro, de vida! De pensamento! De coração! Quem ama, quem consegue ter e sentir o amor, nunca vai conseguir amar pela metade, ou amar só um pouco. Porque quem ama, ama! Quem ama nunca está preocupado com o abismo abaixo da ponte feita de madeira velha. Quem ama nunca pensa que pode cair. Quem ama e já caiu, mas insiste em amar de novo, nunca se lembra que a queda dói mais que a própria pancada. O momento em que o coração se parte em pedaços -quase que literalmente- e a ponte se quebra, te deixando sem chão, te lançando contra o abismo que parece não ter fim... Quem é que pensa nisso quando está amando?
E também, quem consegue parar? Quem e como consegue impedir? Quando ele vem, quando ele chega perto... Ah, não há quem o impeça de passar. Muitas vezes não pede nem licença... Chega e senta, ocupando lugar, ocupando tempo e acumulando sentimentos. E quando menos se espera, você já não da um passo sem estar segurando a mão dele. Porque o amor é uma forma bonita de mascarar a vida, o mundo. O amor deixa as coisas mais bonitas, as melodias mais dançantes e os sons mais agradáveis. O sorriso é mais frequente, o bom humor também. Aí cada gesto se torna algo especial... Por mais simples que seja - e talvez seja por ser tão simples assim- se torna algo tão importante que você mal consegue imaginar ficar sem.
Mas desde o início dos tempos vemos pessoas caindo e se jogando. Vemos o amor pregando peças e se divertindo com corações. Só que quando conseguimos dar um passo de cada vez na ponte e enquanto isso, reforçando-a para o passo seguinte, o amor passa a nos admirar. Ele acaba dando valor a nossa coragem e ao nosso "desejar". Acredito que quando isso acontece, o amor chega a nos pegar no colo e nos leva, flutuando, até a outra margem. Nos leva lá, onde foi o objetivo durante todo o tempo... Onde acreditamos que vai estar o pode de ouro cheio de certezas e finais felizes.
Então descobrimos que o problema não é esse... O problema nunca foi a travessia, ou a ponte velha. O triste problema está quando caminhamos sozinhos, quando queremos sozinhos, quando insistimos sozinhos. Porque apesar de todos os males, o amor não foi feito para ser ruim e muito menos para machucar alguém. Ele foi feito para ser sentido por dois. Ele foi feito parar ser desejado pelos dois. Se um desiste da travessia, o outro cai. Mas eu também acredito que, quando isso acontece, quem cai se machuca mais ainda.
Não podemos querer amar depressa... No amor não existe tempo, hora ou lugar certos. As coisas acontecem, simplesmente.


Portanto, a conclusão que eu tiro disso tudo é que não existe conclusão nenhuma a ser tomada sobre esse insano sentimento. Ele existe pra mim, pra você, pra quem sabe, pra quem não o conhece... Ele está aqui agora, está batendo na sua porta, está ali, dormindo na outra cama. Querendo ou não, um dia, você será propriedade dele também.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Outra vez, você.

Depois que você vai embora, volto pra minha cama e fecho os olhos. Ainda te vejo ali, deitado ao meu lado. E se meus olhos continuarem fechados por mais uma fração de segundos, respiro fundo e sinto o cheiro do seu perfume por entre as cobertas. Sorrio, quase involuntariamente. E então, sinto o seu gosto na minha boca. O que me faz voltar no tempo, algumas horas atrás, quando ainda estávamos na cama, despidos de qualquer pudor e cobertos por amor. Você sendo meu por completo, me recebendo inteira, sem deixar nada existir entre nós. Entre nossos corpos, entre nossas mãos, entre nossas bocas...
E quando troco o meu travesseiro pelo seu, deitada na sua cama... Deitada na nossa cama... Meu corpo se sente em casa, e até a sensação do lençol roçando na minha pele é a mais agradável que já senti. Assim como meus braços em volta do seu corpo, com teus cabelos no meu rosto, fazendo cócegas nas minhas bochechas. Mas é bobagem te contar tudo isso, porque é fácil demais fazer poesia com cada gesto teu. Seu olhar doce pra mim, seu sorriso tão... Tão lindo, visto tão de perto!
Às vezes tenho a impressão de que consegue me invadir pelos olhos, descobrir cada segredo meu... Mas ainda assim, sinto uma vontade enorme de lhe dizer tudo, o tempo todo... Só pra você não esquecer, nem por um minuto, o quanto sou louca por você.
Então, meu moreno, não te preocupes porque é você que tem meu ver, o meu sonhar e o que quiser. É você que é o homem meu e é na tua pele que vejo a luz, cor da coisa mais segura que eu já vi. Continue sendo ótimo em ser meu. Deixe-me continuar cabendo no teu abraço, fazer teu peito de travesseiro e continuar me apaixonando a cada dia... Nem que seja só por passar a mão nos meus cabelos, como quando roubou meu coração. Continue me fazendo sentir vontade de passar o dia e a noite toda na cama, entrelaçada no teu corpo. Porque agora eu virei um desastre sem você por perto. Porque me perco assim que você vai embora... Parece até que esqueço como se vive.
Continue sorrindo pra mim. Sorrindo o sorriso que tanto amo.
Prometo continuar te pedindo em casamento, até eu não ter que procurar mais pelo seu cheiro na minha coberta, pra finalmente, sentir direto do teu pescoço.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Você comigo. Você com você.


Você é ótimo em ser a pessoa que você é. Você é ótimo em ser ótimo pra mim. Você é ótimo em ser lindo em uma manhã de domingo ensolarada. Você é ótimo em me fazer chorar nos sonhos, mas gargalhar na vida. Você é ótimo em me fazer te querer o tempo todo; fazer com que eu te puxe pra perto de mim todas as vezes que não aguento resistir. Você é ótimo em fazer com que me entregue aos teus beijos. Ótimo, de verdade, em ter meu coração nas tuas mãos. 
Oh, seja ótimo em ser meu! 

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Num suspiro.

Minha vida começou depois que você entrou nela. Meu sorriso passou a ser mais frequente, assim como as lágrimas também. Os abraços decorrentes dos choros e os carinhos ocasionando o sorriso. Você era como uma sexta feira a noite, hoje é como um domingo preguiçoso... Daqueles que eu adoro. Daqueles que foram feitos pra ficar deitada na cama olhando o sol pela janela, despida de panos e planos, apenas com o corpo de quem se ama sendo seu lençol. Você é meu lençol, meu protetor, o que há de mais seguro em minha vida. Perde-te eu não irei. Se for preciso, lutarei por nós, correrei atrás de você e apertarei ainda mais os braços ao redor de ti e te beijarei bem lentamente, fazendo com que sua cabeça se preocupe em apenas sentir meu gosto e não queira mais saber do que há fora do nosso mundo. Meu mundo que agora é nosso. Minha cama que agora é nossa, meu sorriso que agora é nosso, meus pensamentos que agora são seus. Não existe chão pra se andar se você não me pertencer. É como se automaticamente um abismo se abrisse em minha frente, sem me dar tempo de hesitar em voltar ou cair. Quero te fazer sentir esse amor que já não cabe mais em mim. Quero te provar que amor verdadeiro é o que eu sinto por você e só por você. Quero que nossos filhos tenham meus olhos e seu sorriso, seu jeito e seu cabelo, e principalmente, a sorte de encontrar um amor como o nosso. Não adianta negar, meu amor... Nos conhecemos de olhos fechados. Poderíamos viver apenas de tato, olfato, audição... Te conheço de todos os jeitos e todos os ângulos. Sei quando me diz não pedindo beijo, sei quando fica longe me pedindo um abraço... Mas nos olhos eu transbordo cumplicidade pra ti. Então me enxergue! Sou tua! Sou apaixonada por você! Falar 'eu te amo' é pouco demais pro que eu tô sentindo... Eu te amo além das estrelas. 

domingo, 18 de setembro de 2011

Quando ela me chamou


Ôh Lua, quem foi que te feriu? Quem foi que te enganou e teu brilho tentou roubar? Quem é que foi capaz de por um segundo sequer, ter a tamanha proeza de tirar os olhos de ti e pensar malícias em teu nome? Logo você, que é tão linda e reluzente.Não fique assim. Não se aflija, minha querida. Se alguém é capaz de não te amar, amarei por ele... Amarei em dobro. Serei seu remédio nas noites que precisar. Serei sua companhia nas madrugadas enevoadas, abandonada pelas estrelas. Não te deixarei!Se esse mundo for pouco pra ti, eu lhe dou o meu. Se ainda sim for pouco, garanto que sou capaz de preencher com amor tudo que lhe fizer falta. Mas confie em mim e não me mande embora. Minhas promessas jamais serão em vão. Te mostro meu coração se quiser, verá que digo a verdade. Amanhã estarei aqui. O Sol conversará comigo, fazendo as horas passarem mais rápido até a hora do nosso doce encontro. Não demore, te quero de novo. Te quero mais. Estou pronta pra te ajudar a brilhar. Com carinho. 

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Encaixa.

Não mais que de repente, a pele fica mais sensível ao toque, ao carinho, ao arrepio. Os olhos brilham e escorrem lágrimas. Lágrimas saciadas, úmidas. A mão desliza no travesseiro, à procura do toque quente que causa faíscas ao contato e satisfaz o desejo do calor. 
E então, os lábios se encontram e os corpos se aquecem. Entrelaço. Anseios silenciados. Segredos revelados. Corações acelerados e finalmente, o amor. Os corpos se fundem em um só e o 'eu' já não existe mais. 
No fim, os lábios ressecam e a boca apenas deseja sentir aquele gosto novamente. Os ouvidos ensurdecem à falta que aquela sinfonia faz. Os cabelos dançam ao vento, o mesmo chicoteia a pele já adormecida pelo frio da manhã nublada. O travesseiro, agora frio, esconde aqueles segredos contados aos sussurros. Por fim, o golpe da descoberta: Sem você, não há vida.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

O falso cessar

Eu estava correndo em direção ao nada. Precisava desesperadamente chegar a lugar nenhum. Minha visão estava turva, talvez por lágrimas, ou talvez por você ter me cegado com suas palavras. Mesmo em meio a escuridão dos meus olhos, o seu rosto eu via com perfeição. Frases que escaparam da sua boca agora pairavam sobre minha cabeça, sem parar, elas giravam e giravam afim de chegar ao objetivo de me levar a loucura. Minha boca então secou. Ela implorava por mais um pouco do seu gosto. Quando enfim minhas pernas cambalearam de cansaço, elas desistiram e meus joelhos encontraram o chão. Meu corpo vibrava, mas não da forma boa como costumava vibrar ao sentir o calafrio da sua pele em contado com a minha. Agora ele tremia por estar provando do fato de que não teria você outra vez. Não eram mais as pétalas que sentia sobre mim, eram os espinhos que traziam a verdade. Então um flashe pausou em minha mente e agora: Você realmente existiu em mim?